sábado, 29 de agosto de 2009

Tricerátopo

O tricerátopo (Triceratops horridus, do latim "cabeça com três chifres") foi uma espécie de dinossauro herbívoro e quadrúpede que viveu no fim do período Cretáceo, principalmente na região que é hoje a América do Norte.
O tricerátopo possuía enormes chifres e, ao que se sabe, foi o maior de todos os dinossauros com essa característica, media em torno de 9 metros de comprimento, 3 de altura e pesava em torno de 6 toneladas.
A descoberta do primeiro crânio de tricerátopo ocorreu em 1888 em Denver, no estado americano do Colorado. Já em 1889, um ano após a descoberta, Othniel Charles Marsh fez a nomeação oficial da espécie.
É um dos dinossauros mais conhecidos do público, tendo aparecido no filme Jurassic Park de Steven Spielberg. Nos EUA, é um dos símbolos oficiais do Wyoming.

Descricão:

O Triceratops é o maior animal de sua família, medindo entre 7 e 9 metros de comprimento e pesando entre 6 e 12 toneladas. As características principais deste dinossauro são, sem sombra de dúvidas, a presença de dois enormes chifres (cada um com cerca de 1 metro de comprimento), um pequeno chifre acima do nariz e seu majestoso e resistente folho (a estrutura semelhante a um escudo, acima da nuca). A função destas estruturas é alvo de debates: uns dizem que são armas contra seus predadores (como o feroz Tyrannosaurus rex); outros dizem que eram usadas para atrair as fêmeas, na época da reprodução. O crânio também era colossal: tinha mais de 2 metros de comprimento, pondo este dinossauro na ala das maiores cabeças do reino animal. Os olhos se encontram nas laterais da cabeça, isso lhes garantia uma visão mais complexa do seu redor. Além do que já foi descrito, este animal era, ainda, provido de um bico (semelhante ao de um papagaio), possivelmente usado para rasgar os vegetais, os quais se alimentava.
Ao contrário do que certas mídias revelam, as pernas dos Triceratops não ficavam ao lado do corpo, com num lagarto ou tartaruga. Como todo dinossauro quadrúpede, as pernas se projetavam como colunas do corpo para o chão, tal como um rinoceronte ou uma girafa, o que o auxilia numa fuga ou em um combate.
Triceratops pertence a família dos ceratopsídeos, grandes herbívoros providos de chifres. Mas ele apresenta uma peculiaridade: possui caratcterísticas tanto do grupo dos centrossauros (a gorjeia relativamente pequena e sólida) quando dos chasmossauros (os chifres compridos). Após longos debates, o T. horridus foi incluido no grupo dos centrossauros (Centrosaurinae).

Chifres: defesa ou ostentação?

Desde sua descoberta, o Triceratops foi descrito como uma criatura que usava seus chifres para defender-se dos rivais e/ou predadores. Esse fato foi somado com sua co-existência com o T-Rex. Desde então, são famosas as cenas que mostram esses dois pesos-pesados se enfrentando em duelos selvagens de vida ou morte. Mas será que ele realmente usava seus chifres como defesa? Segundo estudos, essas estruturas poderiam ter várias funções. Algumas antigas, como a que diz que eram pontos para reforço dos músculos das mandíbulas (teoria descartada), até as mais resentes, como a que diz que os chifres eram usados para atrair fêmeas de sua espécie. Robert Bakker (e uma pesada parte de estudiosos) sugeriu que eram sim usadas para combate com predadores. Como prova, pode-se citar o achado de uma pélvis de Triceratops contendo marcas de dentes, atribuídas a um Tyrannosaurus. Aparentemente, essas marcas foram feitas quando o animal estava vivo (provando uma relação de predador-presa).
Outros afirmam que esses chifres eram frágeis demais para serem jogados contra uma massa de carne de 7 toneladas. Eles atribuem o uso destas estruturas ao acasalamento. Segundo eles, esses cornos eram ameaçadores o suficiente para desencorajar o ataque de predadores.
Quando ao folho, cogita-se a hipótese de que eram usados para auxiliar na regulagem térmica desses animais, como as placas ósseas dos Stegosaurus.
Foi sugerido, ainda, que os chifres poderiam indicar um disformismo sexual da espécie.
Atualmente, achados mostram crânios deste animal danificados, e os agressores não são tiranossauros ou qualquer outro terópode, mas sim outro Triceratops. A cena já era descrita antes da descoberta: uma feroz disputa entre dois machos. Essa é a prova de que, pelo menos dentro da sociedade, os chifres eram usados como ferramenta de combate.

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